sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Amor


"Os Amantes", de René Magritte

Amor, sentimento profundo. Sentimento que vivenciamos diariamente: o amor sensual, o amor platónico, o amor materno ou, até, o amor à própria vida.
O “Amor platónico”…. Existe realmente? Sim. Acredito que sim. Apesar de se tratar de um amor idealizado, perfeito, puro e, talvez, nunca concretizável, é um sonho que nos comanda.
O amor ideal é único e que vive em cada um de nós. Os pensamentos revestem-se de desejos e de beleza.

 Amor: sentimento abrangente e contraditório. Inclui sinónimos e antónimos. É a felicidade, a alegria, o ânimo, a caridade e a docilidade. Mas também inclui a amargura, desilusão, o arrependimento e até mesmo o desprezo.
Misteriosa essência que, por vezes, se esvaece… ou não, permanece até ao fim, se é que existe um fim.
Amor, brisa suave que passa por nós e nos leva a outra dimensão e que nos sussurra ao ouvido. Por vezes, paira sobre nós um brilho intenso que nos cega e nos bloqueia o raciocínio.
Amor é um vínculo.
Amor, o que faz mover o coração!
 
                                                                                  Tamara, 10.º M

"A Vingança Certa"


Escritor: Miguel Esteve Cardoso
Quando apanharem os assassinos que entraram na redacção do Charlie Hebdo para assassinar aqueles que tinham feito desenhos satíricos sobre Maomé, consola-me saber que não passarão mais de 25 anos na cadeia.
Os fanáticos desprezarão o sistema francês que não só não mata os assassinos como lhes restitui a liberdade após vinte e poucos anos. Todos estarão cá fora antes de fazerem 60 anos, não obstante terem tirado as vidas a (pelo menos) doze pessoas.
Tal como fizeram os noruegueses com o assassino de massas que foi condenado a 21 anos de prisão preventiva os franceses serão igualmente indiferentes à lei de talião.
O "olho por olho, dente por dente" é um castigo estúpido. Não matar assassinos é um castigo inteligente. Os psicopatas assassinos que invocam o Islão para passarem por pessoas religiosas podem achar que a nossa misericórdia é um sinal de fraqueza.
Não é. É uma prova de força. Tal como já não se sacrificam animais, não se matam pessoas. Pelo menos na Europa que, por muitos problemas que tenha, está sempre à frente dos países mais antigos (como a China) ou mais novos (como os E.U.A) que continuam a tolerar as penas de morte.
Com o desprezo dos assassinos e dos intolerantes podemos nós bem. As pessoas que acham que está certo matar pessoas que matam já são desprezíveis. Mas não é preciso matá-las por causa disso.
A vingança certa é ser condescendente com os assassinos. É tirar-lhes a razão. É não termos pena deles. Nunca.
 
Miguel Esteves Cardoso, "A Vingança Certa"  In Público, 09/01/2015

domingo, 16 de novembro de 2014

Requerimento


Exmo. Senhor,
Minha Vida, Meu Sol,

Maria Beatriz Costa Pinto, residente na Rua da Amizade, Cacém, Lisboa, amada e futura namorada de Gonçalo Miguel Vasconcelos, nascido em Viseu e com morada em Ranhados, conhecidos desde o passado verão no acampamento de férias Campisol, solicita a v. ex.ª que se digne a aceitar formalmente o seu pedido de namoro, uma vez que ambos estão dispostos a dar o próximo passo.
O facto de a requerente se sentir extremamente apaixonada e atraída e querer passar o resto dos seus dias e partilhar a sua felicidade com v. exª, levou à elaboração deste presente documento. Acrescenta ainda que esta situação não pode continuar deste modo, pois a solicitante necessita de uma resposta, para assim acabar com a ansiedade.
A requerente revela-se muito feliz e alegre na presença do exmo. senhor, pois as suas qualidades vão além da perfeição. O facto de v. exª ser divertido, amigo, carinhoso, brincalhão e extremamente bonito leva a que queira passar bons momentos na sua companhia e que seja uma pessoa tão querida presente na sua vida.
É de salientar que se for iniciada uma relação mais séria, ambos terão de contribuir para a felicidade dos dois, pois a requerente fará de tudo para que sejam o casal mais querido e feliz de Portugal e arredores.
A solicitante ficará imensamente contente se o exmo. senhor estiver disposto a querer fazer dela a rapariga mais feliz de todo o mundo.
Por todos estes motivos apresentados, é conveniente aceitar o pedido de namoro da requerente, de modo a serem felizes para sempre.

Pede deferimento.


A requerente,

Maria Beatriz Costa Pinto

Lisboa, 13 de novembro, 2013


  Andreia Lemos, Bruna Figueiredo, Carolina Dias e Carolina Marques
                                                       10.º M
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Exmo. Senhor
Diretor da Escola
Secundária Alves Martins

Ramiro Osório, de 18 anos, estudante, portador do bilhete de identidade n.º 6345279, residente na rua dos Amores, n.º 12, Boa Aldeia, vice-presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária Alves Martins, vem por este meio requerer a v. exª que se digne a autorizar a realização de um baile de finalistas no pavilhão desportivo da referida escola.
Este pedido baseia-se no facto de muitos alunos estarem a terminar o ensino secundário e, por isso, desejam a realização de um evento que valorize todo o trabalho por eles desenvolvido.
Os membros da Associação de Estudantes propõem-se a organizar um programa festivo de acordo com as preferências dos jovens, de forma a que estes se identifiquem e se torne especial para os mesmos.

      Pede deferimento,
    Ramiro Osório

    Boa Aldeia, 7 de Outubro de 2014

            Trabalho realizado por: Beatriz, Bruna, Daniel e Sérgio
                                                    10.º M
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Exmo Senhor
Diretor da Escola
Secundária Tijolo da Moita

Adelino José Brecha Martins, aluno matriculado no presente ano letivo, na turma Z, do 12.º ano, com o número 5, solicita a que vossa Ex.ª se digne a autorizar a realização de uma festa, no pavilhão desportivo, com o objectivo de reunir todos os discentes do 12.º ano.
Este Propõe a elaboração deste evento para a diversão e o convívio dos alunos, neste que é o seu último ano na escola. A festa basear-se-á num baile de finalistas, tendo como tema “Preto no Branco”, com a intenção de os alunos vestirem apenas estas duas cores.
Para promover a realização deste baile, pede-se ainda, a permissão para colocar cartazes no átrio da escola, no bar dos alunos e nos corredores, para expor e apresentar a festa, com a data da sua realização (data a definir pelos restantes representantes da associação de estudantes) e algumas condições que devem ser consideradas.
Todos os gastos serão da responsabilidade da Associação de Estudantes da referida escola, incluindo a contratação do Dj Granito e da famosa cantora Ana Cascalho. Para arrecadar dinheiro, tenciona-se realizar a venda de produtos reciclados, feitos pelos alunos do clube de artes plásticas e com ajuda de  alguns patrocínios.

 Pede Deferimento,
   Adelino José Brecha Martins
                      Piódão, 20 de maio de 2032

Trabalho de: Cátia, João Miguel, João Gonçalves, Diogo  (10.º M)

A Minha Palavra Favorita


SER
Abraçar um dos vocábulos que me ocorre e ter de acreditar que condensa toda a minha entrega à leitura, escrita… À língua e à palavra. Depois de livros revistos na mente, fontes de palavras salpicarem, todos os cantos e recantos de mim, diversas sílabas ditongos e acentos… Chego à conclusão que é esta a melhor: ser.
Ser o quê? Ser porquê? E, já agora, ser quando? Ser simplesmente. Todos somos. Somos o que sentimos, o que vimos, o que pensamos, o que vivemos. Somos o ontem, o hoje e o amanhã. Somos a semana passada e os dois anos anteriores. Somos um calendário, uma agenda e um livro. Isto é, não passamos de palavras mal ditas que fingem que descrevem quem somos. E, depois disto tudo, na plenitude da melodia do silêncio, depois de o sol se ter perdido na escuridão da noite, e acreditarmos que mais nada somos nas próximas horas, continuamos a ser.
Gosto de acreditar que sou aquilo que quero, mas continuo a não querer que me entalem no limite de uma frase, no extremo de uma palavra e na curva de um ponto final. Gosto de fingir que sou eu. Gosto de continuar na procura infinita de quem sou. E, no fim do dia, quando já o sol se escondeu no breu da noite, os segredos do silêncio sussurrarem que não sou nada mais que ser.
                                                                                                                            

                                                                                                              Adriana Lopes, n.º 1, 10.º B

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